O Cluster Fortaleza participou ontem a noite de um evento mediado pelo Fórum Construindo a Paz junto a Secretaria de Segurança Pública para dialogar com as comunidades que foram atingidas pela onda de violência que gerou a morte de 12 pessoas, em sua grande maioria adolescentes. Além do gestor da SSPDS Delci Teixeira, o comandante Geral da Polícia Militar (PMCE), coronel Geovani Pinheiro da Silva e o delegado Geral da Polícia Civil, Andrade Júnior, estiveram na instituição de ensino.
Nesse espaço moradores tiveram a oportunidade de dialogar e cobrar resposta ao poder público, que após 30 dias ainda não apresentou os responsáveis pela Chacina de 11 de Novembro. Numa quadra lotada, moradores e familiares tiveram a oportunidade de relatar com a cúpula da segurança pública o que viveram no dia 12 de novembro. Com quase um mês, a maioria das pessoas falaram sobre o temor de que o caso fosse esquecido. O caso está com a Controladoria Geral de Disciplina (CGD), que deve pedir a prorrogação do prazo final da conclusão do inquérito que investiga as mortes. (jornal o POVO)
De acordo com o diretor da escola, Adriano Nascimento da Silva, três famílias das vítimas foram até a escola no intuito de saber mais notícias sobre o caso. "Foi no intuito que dissessem (SSPDS) para eles como estava o encaminhamento, pois as vezes não chegam as informações corretas. E vindo do próprio secretário, não sei se traz mais tranquilidade, mas pelos menos eles (família), estão sendo ouvidos", comenta. (jornal o POVO)
O diretor relembra que dois dos jovens mortos na chacina que vitimou 12 pessoas eram alunos da escola. "O Pedro (Pedro Alcântara Barroso ) era voluntário na banda e ensinava os meninos a tocar instrumentos musicais. O outro jovem do Cuca Jangurussu (Jardel Lima dos Santos) era professor de percussão e o Alisson (Antônio Alisson Inácio Cardoso) trabalhava em uma empresa de táxi não cadastrado.
O Cluster Fortaleza através do Núcleo Sonho de Criança e a Visão Mundial, que fazem parte do Fórum Construindo a Paz assinaram a Nota de Solidariedade do Curió e da Grande Messejana, aonde juntamente com as demais organizações exigem a apuração por parte do poder público estadual a apuração dos fatos e a punição dos culpados, ao mesmo tempo em que se associam para lutar pela paz e pelas transformações necessárias que permitam reduzir as desigualdades econômicas, políticas e sociais, na construção de cidades mais fraternas e igualitárias.
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