sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Projeto Sim Eu Existo apoiado pela Visão Mundial muda a vida de crianças e adolescentes sem registro em Fortaleza.


Projeto Sim Eu Existo, uma iniciativa apoiada por Visão Mundial Brasil, vem mudando a vida de crianças, adolescentes e comunidades, promovendo uma mobilização de organizações governamentais e não governamentais em Fortaleza em torno da erradicação do sub-registro. O Comitê Municipal formada por organizações da sociedade civil e a Prefeitura Municipal de Fortaleza visa garantir o registro de nascimento gratuito às crianças fortalezenses em situação de vulnerabilidade.

Em setembro a Corregedoria Geral da Justiça em parceria com a Secretaria Municipal de Educação-SME articularam mutirões pela Certidão do Nascimento na Comarca de Fortaleza. Ficou estabelecido seis mutirões de atendimento. A referida ação teve como objetivo o registro de crianças menores de 12 anos de idade. 

Nos mutirões foram realizados 12 registros de nascimento e aproximadamente 50 atendimentos de orientação. No São Cristovão, a ação contou com um apoio mais incisivo do projeto SIM EU EXISTO, que mobilizou escolas públicas e igrejas por meio de visitas locais e carro de som. As comunidades atendidas foram Palmeiras I e II, João Paulo II, Santa Filomena e Sitio São João, além do próprio São Cristovão.

Um dos beneficiados do projeto foi a criança Miguel Victor. Aos 03 anos de idade, seus pais com dificuldades o deixaram sob os cuidados dos avós paternos. Após se organizarem, a família voltou a ficar reunida e começaram a enfrentar um grande desafio: conseguir o registro da criança. Sem registro de nascimento, Miguel enfrentava dificuldades para estudar e ser atendido pelos postos de saúde. “Bolsa Família, tomar vacinas, quase tudo era uma dificuldade. Houve escolas que se negaram a acolhê-lo”, relata o pai da criança. Para conseguir uma vaga na escola, seus pais tiveram que ir ao Fórum, onde foi emitido um registro provisório até que a situação fosse resolvida. Com o apoio do Projeto SIM EU EXISTO, o registro definitivo de Miguel finalmente foi emitido para a alegria da família que agora terá acesso as políticas públicas de educação, saúde e assistência social. 

Como Miguel, ainda existem em Fortaleza cerca de 6 mil crianças e adolescentes sem registro de nascimento. Mas os primeiros passos já foram dados para que essa história ganhe novos enredos e milhares de crianças e adolescente possam existir oficialmente. 


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